Neste blog compartilho meus textos, Poesias, Vídeos, Fotos, etc. As imagens postadas aqui são minhas e/ou retiradas da Internet, dessa forma, acredito que sejam de domínio público. Se por acaso for postado alguma imagem ou foto sem os devidos créditos, me avisem para que eu possa corrigir ou mesmo se preciso, retirar do blog.

sábado, 28 de maio de 2011

Céu Cor de Chocolate

"Pessoalmente, gosto do céu cor de chocolate. Chocolate escuro, bem escuro. As pessoas dizem que ele condiz comigo.
Mas procuro gostar de todas as cores que vejo-o espectro inteiro. Um bilhão de sabores, mais ou menos, nenhum deles exatamente igual, e um céu pra chupar devagarinho. Tira a contundência da tensão. Ajuda-me a relaxar..."

quinta-feira, 26 de maio de 2011

-0-

'É fácil amar o outro na mesa de bar, quando o papo é leve, o riso é farto, e o chope é gelado.

É fácil amar o outro nas férias de verão, no churrasco de domingo, nas festas agendadas no calendário do de vez em quando.

Difícil é amar quando o outro desaba. Quando não acredita em mais nada. E entende tudo errado. E paralisa. E se vitimiza. E perde o charme. O prazo. A identidade. A coerência. O rebolado.

Difícil amar quando o outro fica cada vez mais diferente do que habitualmente ele se mostra ou mais parecido com alguém que não aceitamos que ele esteja.


Difícil é permanecer ao seu lado quando parece que todos já foram embora. Quando as cortinas se abrem e ele não vê mais ninguém na plateia. Quando o seu pedido de ajuda, verbalizado ou não, exige que a gente saia do nosso egoísmo, do nosso sossego, da nossa rigidez, do nosso faz-de-conta, para caminhar humanamente ao seu encontro.

Difícil é amar quem não está se amando.

Mas esse talvez seja, sim, o tempo em que o outro mais precisa se sentir amado. Eu não acredito na existência de botões, alavancas, recursos afins, que façam as dores mais abissais desaparecerem, nos tempos mais devastadores, por pura mágica. Mas eu acredito na fé, na vontade essencial de transformação, no gesto aliado à vontade, e, especialmente, no amor que recebemos, nas temporadas difíceis, de quem não desiste da gente.'

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Realidade

Protagonista. Antagonista. Figurante. Platéia. Coadjuvante. Júri. Ela já foi tudo na película que tentava exibir o que ela é. Ledo engano. Qualquer semelhança à realidade era mera coincidência. E se não fosse, convencia-se de que era. Nada tirava-lhe o gosto por personagens. Viver do nada, do tudo, do vento, dos atos, das cenas. E ela vivia. Não um dia de cada vez. Todos os dias de uma só vez. Era livre. Era leve. Não dava explicações. Não se auto explicava. Assim era bem mais fácil. E agora? Agora que ela aprendeu a se sentir? Agora que ela decidira se experimentar, se tocar, se saborear? Como voltar a representar se tudo que fala alcança-lhe as impressões digitais? Se tudo que olha rouba-lhe a essência, despe-lhe a alma, invade-lhe o palco? É isso que ela não suporta. Ela não suporta ser medida da cabeça aos pés. Ela não suporta ser um turbilhão de emoções, mas sem uma armadura que lhe dissimule o rubor do rosto e o coração em frangalhos. Ela não suporta mais sentir o gosto dela mesma. É intenso demais. É cruel demais. Ela precisa urgentemente de um novo roteiro. De um personagem que a salve de seus próprios sentimentos. De sua própria desordem. Eliane Azevedo

domingo, 22 de maio de 2011

Errado? Certo?



Um olhar intenso, com a direção incerta. Uma perdição para aqueles que fingem saber que realidade é essa, que tanto fazemos conta de negar. Nem sempre estamos prontos para descobrir se queremos essa certeza na direção desse olhar tão aturado. Talvez não tenhamos entendido ainda, que o inusitado é quase sempre um singelo convite ao desafio fantástico da mudança. E como é difícil conceber esse apelo, sem temer o desconhecido, esse tão sinuoso e inesperado ignoto. Porém, é aos poucos que os sinais vão nos mostrando o árduo caminho que cerca àqueles que sonham em alterar o curso de suas vidas.
Como já proferido, leva um certo tempo até entendermos que nossas escolhas só nos ligam ao desencadeamento de fatos que normalmente independem do certo e do errado. Logo vêm a experiência e a sabedoria fazer com que tudo o que tenhamos vivido tenha valido a pena.

A Vida


Meu mundo se confunde uma vitamina de emoções, sentimentos que novamente voltam e vão. Às vezes a realidade dói muito, mas continua sendo nossa melhor referencia. Os “porquês” e “para que” serão sempre uma retórica.

Eu nunca fui a favor de sair com uma pessoa sem grandes expectativas ou um sentimento claro. Mas ele é interessante, divertido, ótima companhia, um amigo para todas as horas e assim vamos levando. Vira um “caso”, como se costuma chamar esse tipo de encontro. Odeio usar “caso”, porém não há outra palavra mais apropriada para isso.

No entanto, papo vai, papo vem, até que em um belo dia um dos dois se descobre apaixonado, com vontade de transformar aquela relação casual num relacionamento mais sério. Só que as “regras”, mesmo que não verbalizadas e nem discutidas, já foram definidas. E agora, o apaixonado não sabe como mudá-las e nem se o outro vai aceitar alguma mudança. Aliás, muito pelo contrário, é comum de a pessoa já saber – seja por declaração ou por suposição – que o outro não está disposto a abrir mão de sua liberdade e nem de assumir um compromisso.

 “E agora, o que faço? Como devo agir? Continuo aceitando a situação como está, já que não quero ficar sem esta pessoa, ou coloco as cartas na mesa, conto tudo o que sinto e desejo viver? Será que vale arriscar uma crise ou uma enorme decepção, considerando que nossos objetivos podem não ser congruentes?”.

Pronto! Está formada a combinação desastrosa entre conflito interno, angústia e ansiedade. Provavelmente, irei amargar algumas sensações bastante desagradáveis até conseguir me posicionar. Sim, porque por mais que tente driblar o coração, ele vai cobrar, vai pedir. E se não tomar uma atitude, poderei até adoecer.

Pra mim, um relacionamento só vale a pena ser vivido quando está baseado na verdade de cada um, mesmo que essa verdade possa ser mudada a qualquer momento. O que não dá é para fingir que você quer uma coisa quando quer outra. Comportar-se como quem não se importa, quando na realidade você se importa. Fazer de conta que tanto faz ficar só de vez em quando ou não, se isso não é o que você realmente quer.

Afinal de contas, se não há espaço para ser quem você é, será que está de fato vivendo uma relação? Será que vale a pena investir numa dinâmica que não é a sua, num sentimento que não é o seu? Se der certo, você terá conquistado o outro a partir de um perfil que não é o seu. E se der errado, amargará a dúvida sobre como teria sido se você tivesse agido de forma transparente.


E agora? O que fazer?Ações sutis, conversas na hora certa, perguntas que permitam compreender quais são as verdadeiras intenções dele. Enfim, com cuidado, sensibilidade e gentileza, é possível concluir se esse “caso” tem alguma possibilidade de se transformar em uma relação séria ou se só servirá para te fazer sofrer e se frustrar. Porque, no fundo, todos nós sentimos e sabemos a diferença entre uma situação e outra.


Eu errei em me permitir? Será que realmente existe algum culpado nesta historia? Sinceramente – difícil responder. Comecei escrevendo apenas como um desabafo de como agir neste novo encontro, e veja só a ironia do destino, ele que tanto insistiu neste encontro, acabou me dando um “fora” bem na hora que eu mais me sentia feliz, e para ser sincera eu não percebi que ele não estava na mesma direção. Decepção? Sim, sempre quando alguém sai ferido, porém, os dois devem querer. Os dois devem pensar sentir e agir na mesma direção. Mas uma coisa é certa: Só você pode fazer a sua parte. E só você pode saber se está fazendo da melhor forma possível. E, em última instância, tendo sido fiel aos seus próprios sentimentos, é bem provável que um relacionamento sério chegue muito antes do que você imaginava, seja com essa determinada pessoa ou com outra... a que realmente tem a ver com você!  E assim é a vida. Os sentimentos, as pessoas.