Neste blog compartilho meus textos, Poesias, Vídeos, Fotos, etc. As imagens postadas aqui são minhas e/ou retiradas da Internet, dessa forma, acredito que sejam de domínio público. Se por acaso for postado alguma imagem ou foto sem os devidos créditos, me avisem para que eu possa corrigir ou mesmo se preciso, retirar do blog.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Ahhh os amigos...


Alguns fatos acontecem em nossa vida que nos fazem perguntar quem realmente são nossos amigos.
Será que aquelas pessoas que estão conosco nas festas e comemorações, dão beijos e abraços, fazem elogios a respeito das nossas roupas, cabelo, etc, são as pessoas que realmente querem o nosso bem?
Eu sempre fico na dúvida e sei que amigos são difíceis de encontrar, mas quando isto acontece é uma imensa alegria. Eu já tive e tenho muitos amigos, uns que já faleceram e outros que perdi contato, mas que sempre que encontro permanece aquele sentimento bom, aquele carinho, como se estivéssemos sem nos falar apenas por alguns dias. Porém, existem outras pessoas que convivemos por muito tempo e que são estranhas para nós, as quais jamais podemos considerar amigos. Isto não é um exagero. Aposto que muitos que estão lendo este post concordam comigo, porque normalmente naqueles momentos mais críticos da nossa vida eles somem, desaparecem repentinamente.
Aquela frase muito antiga que diz que os amigos são aquelas pessoas que estão presentes nas horas boas e ruins, mas principalmente nas ruins é verdadeira. Todas as pessoas enfrentam nas suas vidas dificuldades, sejam emocionais, familiares, de saúde, financeira, etc. Nestas horas é que realmente as grandes amizades aparecem, enquanto os “amigos” de ocasião nos julgam e desaparecem.
Geralmente são pessoas que não tem problemas, esqueceram que um dia tiveram ou julgam que nunca vão ter e que nunca precisarão de um ombro amigo. Infelizmente a vida não é tão fácil assim. Precisamos das pessoas. É tão bom aquela sensação de ter feito o bem e talvez assim construírmos um vínculo forte de amizade (quando as pessoas são gratas, é claro).
Será que a falta de pessoas sinceras e amigas ao nosso redor pode ser porque não soubemos cultivar estas amizades, talvez por desconfiança, medo da decepção ou então por pura falta de sorte?
Eu tenho a teoria que é sempre necessário a boa convivência com as pessoas, sejam elas verdadeiros amigos ou não, para evitar conflitos e brigas. Caso contrário, nossa vida seria um verdadeiro inferno. Mas a mensagem mais importante e que sempre procuro falar para os meus  é que os verdadeiros amigos e que convivemos desde que nascemos estão na nossa família, nossos pais, irmãos, filhos, avós, etc. Este vínculo verdadeiro, construído desde o nascimento, é que nos fará pessoas melhores, com o coração aberto, para também sermos amigos das outras pessoas.

domingo, 11 de setembro de 2011

Preconceito





Seria impossível sabermos ao certo quem foi o primeiro ser humano a ser vítima desse infeliz sentimento. Vítima? Sim. Vítima porque o preconceito acorrenta-nos a acreditarmos em um simples pré-julgamento. Acorrenta-nos ao medo, da ignorância.

Se formos procurar o que significa a palavra preconceito teoricamente, encontraremos a seguinte definição: conceito antecipado, opinião formada sem reflexão. Uma acepção realmente teórica. Na verdade totalmente teórica.

Na prática podemos denominar o preconceito como o sinonimo de regresso, uma verdadeira ferrugem no sentimento mais bonito que o Criador concedeu a sua criação. O amor.

Nesse mundo tão turbulento no qual vivemos, precisamos de doação, precisamos nos doar. E como vamos nos doar se não temos o devido amor e respeito pelo próximo? Se tantas e tantas pessoas se deixam enferrujar por esse sentimento tão inerme.

Às vezes esquecemos que em verdadeira essência não existem homens e mulheres, negros e brancos, pobres e ricos, idosos e jovens, cientistas e religiosos, excepcionais, doentes, heterossexuais ou homossexuais. Existem seres humanos, e todos nós sentimos as mesmas coisas.

Sentimos falta de carinho, falta de atenção. Sentimos fome, sede. Sentimos falta de diversão, de prazer. Sentimos necessidade de trabalhar, de ganhar dinheiro, de sermos úteis.

Todos nós simplesmente sentimos...

Precisamos nos alforriar de ferrugens como a do preconceito para evoluirmos como seres humanos.

Tentemos olhar para dentro de nós mesmos e ver aquilo que precisa ser mudado, para enxergarmos uns aos outros simplesmente como seres humanos que somos.

Tentemos refletir bem, antes de julgar o próximo, de repente vamos descobrir que a verdadeira vítima do preconceito é justamente o preconceituoso. Ele é a principal vítima. Pena. Infelizmente ele acaba por fazer mais vítimas, gerando mais preconceito.

Chega de nos prendermos ao medo, ao comodismo, a ignorância.

Tentemos entender que quando julgamos algo ou alguém por aquilo que talvez, não conseguimos compreender ou aceitar por medo, ignorância, idealismo ou falsa moralidade, estamos contribuindo ainda mais para a nossa própria destruição. Estamos regredindo.

Talvez achemos que nunca iremos envelhecer, que nunca teremos um caso de alcoolismo na família, uma das muitas doenças sociais as quais muitos sofrem. Talvez esquecemos que podemos ser vítima do vírus do HIV, ou de muitas outras doenças terríveis. Talvez esquecemos que um dia podemos ter um filho excepcional.

A maior prova de amor que o Criador concedeu a criação foi a liberdade de escolha, por tanto, quem somos nós para julgarmos outro ser humano?

A grande beleza da criação está na heterogeneidade de personalidades e ideias. E que grande e fantástica diversidade! Uma disparidade onde na verdade, existe e sempre existirá apenas um tipo de habitante pensante nesse mundo tão lindo e carente de amor. Eu e você. Nós, os seres humanos.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Xavecos e Xavequeiros

Os homens não sabem mais seduzir. Sei lá se isso é culpa do excesso de praticidade da época na qual vivemos ou se é inaptidão pura. O fato é que aquelas deliciosas meias-palavras, intenções sabidas e não explicitadas, o cuidado de criar algo interessante pra ser dito e feito estão mais raros de encontrar do que corvo albino. Tá tudo muito pá-pum: olhou, se apresentou, elogiou a bunda ou a boca (depende do nível do cidadão) e já vai botando a mão. Putz, coisa tosca! Mulher não é mamão pra se escolher apalpando. Que decepção teria Vinicius de Moraes se visse os marmanjos de hoje em dia... Em vez da Garota de Ipanema, a Popozuda. De "teu corpo dourado é mais que um poema, é a coisa mais linda que já vi passar" pra "bate na palma da mão, bate na palma da mão e rebola o popozão". Uma desgraça completa.
E o que aborrece não é a intenção por trás da corte, a mesma para os raros românticos ou os abundantes broncos: traçar a fofa. Isso não tem problema. É, inclusive, divertido - poucas coisas fazem uma cidadã mais feliz do que saber que está matando alguém de tesão mesmo sem fazer nada. O ruim é que o jogo ficou escancarado demais, babacão, sem sal, sabe? O excesso de pragmatismo nessas horas tem o mesmo efeito de parar de blefar no pôquer - retirado o suspense, perde-se toda a graça.

Se esperamos brilhantismo chicobuarqueano numa cantada? Ih, não nos resta esperança suficiente pra isso. Basta não sermos surpreendidas por atos estapafúrdios, português assassinado e cérebro vazio. E não se trata de romantismo: queremos é a inteligência agindo em prol da libido, sabe como é? Coisinhas simples e especiais que fazem um homem sair da multidão para se instalar na nossa cama e, às vezes, na nossa vida. Porque é muito fácil disparar por aí um "sabia que você é gostosa, gata?", mas muito difícil fugir do óbvio - e, quando você faz isso, é sinal de que matou pelo menos um neurônio no processo. Sinal de que ela importa mais do que qualquer uma, ou qualquer outra. É um sinal, e mulheres adoram sinais.

Lírios-brancos

Há muitos anos, fui apaixonada por um cara que trabalhava comigo e, confesso, jamais fui boa em abordagens tête-à-tête; sempre preferi as vias indiretas. Depois de algum tempo, e um longo trecho de via indireta, começamos a sair juntos, completamente sem pretensões ou conjugação de verbos no futuro, mas fiquei apaixonada - só que, parecia, estava sozinha nessa. Então, 16 horas antes do Dia dos Namorados, mandei entregarem a ele um lindo e imenso buquê de lírios-brancos com um bilhete:
"Quase um presente, quase amanhã, para alguém que é quase meu namorado".
Não casamos nem nada, mas tivemos dias deliciosos e até hoje, todas as vezes que nos encontramos, ele relembra o episódio - me instalei definitivamente em sua memória.
Não foi no coração, mas já é alguma coisa. Pare para pensar um minutinho só e talvez você chegue à conclusão de que as mulheres estejam partindo pro ataque não apenas por compulsão para seduzir mas também por não serem adequadamente atacadas, por quererem situações como essa para lembrar.
É o triunfo da velha regra: se quer que algo saia bem-feito, faça você mesmo. Porque é imensamente mais gostoso deixar um homem abobado do que suportar um bobo bancando o homem.

domingo, 12 de junho de 2011

Ele quem mesmo?

O Texto não é meu, mas tem tudo e ver com o momento que estou vivendo...  passei anos tentando me tornar melhor para os outros. Para que me amassem, para ser digna de um amor...

Tomei várias na cabeça e na bunda e comecei a querer mudar, por outras pessoas e de repente, me descubro inteira melhor... pra mim.

Então pra todo mundo que esta se procurando, ai vai um texto sensacional, que infelizmente não sei de quem é...




"Depois de um bom tempo dizendo que eu era a mulher da vida dele, um belo dia eu recebo um e-mail dizendo "olha, não dá mais".

Tá certo que a gente tava quase se matando e que o namoro já tinha acabado mesmo, mas não se termina nenhuma história de amor (e eu ainda o amava muito) com um e-mail,não é mesmo? Liguei pra tentar conversar e terminar tudo decentemente e ele respondeu "mas agora eu to comendo um lanche com amigos".

Enfim, fiquei pra morrer algumas semanas até que decidi que precisava ser uma mulher melhor para ele. Quem sabe eu ficando mais bonita, mais equilibrada ou mais inteligente, ele não voltava pra mim? Foi assim que me matriculei simultaneamente numa academia de ginástica, num centro budista e em um curso de cinema.

Nos meses que se seguiram eu me tornei dos seres mais malhados,calmos,
espiritualizados e cinéfilos do planeta. E sabe o que aconteceu? Nada, absolutamente nada, ele continuou não lembrando que eu existia. Aí Achei que isso não podia ficar assim, de jeito nenhum, eu precisava ser ainda melhor pra ele, sim, ele tinha que voltar pra mim de qualquer jeito.
Decidi ser uma mulher mais feliz, afinal, quando você é feliz com você mesma, você não põe toda a sua felicidade no outro e tudo fica mais leve.

Pra isso, larguei de vez a propaganda, que eu não suportava mais, e resolvi me empenhar na carreira de escritora, participei de vários livros, terminei meu próprio livro, ganhei novas colunas em revistas,quintupliquei o número de leitores do meu site e nada aconteceu. Mas eu sou taurina com ascendente em áries, lua em gêmeos e filha única!

Eu não desisto fácil assim de um amor, e então resolvi que eu tinha que ser uma super ultra mulher para ele, só assim ele voltaria pra mim. Foi então que passei 35 dias na Europa, exclusivamente em minha companhia, conhecendo lugares geniais, controlando meu pânico em estar sozinha e longe de casa, me tornando mais culta e vivida.

Voltei de viagem e tchân,tchân, tchân, tchân: nem sinal de vida.

Comecei um documentário com um grande amigo, aprendi a fazer strip,cortei meu cabelo 145 vezes, aumentei a terapia, li mais uns 30 livros, ajudei os pobres, rezei pra Santo Antonio umas 1.000 vezes, torrei no sol, fiz Milhares de cursos de roteiro, astrologia e história, aprendi a nadar, me apaixonei por praia, comprei todas as roupas mais lindas de Paris.

Como última cartada para ser a melhor mulher do planeta, eu resolvi ir morar sozinha. Aluguei um apartamento charmoso, decorei tudo brilhantemente, chamei amigos para a inauguração, servi bom vinho e comidinhas feitas, claro, por mim, que também finalmente aprendi a cozinhar. Resultado disso tudo: silêncio absoluto.

O tempo passou, eu continuei acordando e indo dormir todos os dias querendo ser mais feliz para ele, mais bonita para ele, mais mulher para ele. Até que algo sensacional aconteceu. Um belo dia eu acordei tão bonita, tão feliz, tão realizada, tão mulher que eu acabei me tornando mulher demais para ele.

Ele quem mesmo?

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Marcas

...Esse é o tipo de saudade que se leva pelo resto da vida. Pessoas que marcam e deixam saudade, pessoas que sentem uma atração enorme, mas se separam. É aquela química perfeita que em alguns momentos mete medo.
É aquele beijo com gosto de quero mais. É aquela despedida não querendo ir. É deixar para lá. É acreditar que um dia, quem s...abe, um dos dois vai abrir seu coração e expor seus sentimentos. É não querer um fim, mas por desconhecer os sentimentos do outro acabar com tudo para ver no que vai dar. Isso significa que existem muitas pessoas que optam por enganar a si mesmas. Uma vez que existe um sentimento forte que nos dá prazer e ao mesmo tempo sente-se que aquela é a companhia perfeita e quando estão juntos o tempo passa sem perceber, é porque existe um sentimento muito forte que não deve ser desprezado. Talvez não tivessem percebido, mas o amor é isso e só encara quem tem coragem de assumir, de jogar tudo para o alto, jogar a razão para o lado e viver a emoção. Talvez por medo ou mesmo pro insegurança casais se afastam e depois sentem um enorme vazio que é preenchido pelas lembranças daquele relacionamento que acabou. Uma saudade que dura à vida inteira e quanto mais o tempo passa ficará sempre a dúvida de que poderia ter sido feliz com aquela pessoa. É arriscado pensar que a outra pessoa ficará esperando a vida inteira, pois a solidão e a ansiedade de esquecer poderão ser supridas por outro alguém. Talvez não seja com a mesma intensidade, mas como uma tábua de salvação.
Isso acontece porque a relação não se esgotou, não teve um ponto final e sim uma vírgula ou reticências. Por isso, quando sentir que alguém lhe faz suspirar e a lembrança dela dá aquela saudade, fique atento, pois a felicidade pode estar bem a sua frente. O amor verdadeiro pode ter chegado e você está deixando escapar, simplesmente por medo de arriscar. Quanto mais o tempo passar, mais difícil será resgatar esse amor, até mesmo porque cada um dará um rumo à sua vida e com isso você correrá o risco de perder o seu grande amor. Portanto, quando sentir que alguém faz a diferença em sua vida, não deixe que ela se distancie de você. Traga para junto de seu coração e procure viver com intensidade cada momento. Arrisque e não tenha medo de viver esse amor. Enlouqueça, perca a cabeça, vibre como criança, pois o amor não é e nem deve ser racional. O amor é a eterna busca do ser humano. Abra os braços para este sentimento tão nobre e garanto que não irá se arrepender. O que lhe espera são muito mais que momentos mágicos.
Declare seu amor sem medo e não perca a chance de ser feliz, pois seu coração cobrará isso à vida inteira.....

terça-feira, 7 de junho de 2011

Amizade



Os amigos.
São tão amigos, que voltam.
São tão fraternos, que se unem.
São tão simples, que cativam.
São tão desprendidos, que doam.
São tão dignos, que amam, compreendem e perdoam.
São tão necessários, que sempre se fazem presentes.
São grandes, que se distinguem.
São tão dedicados, que edificam.
São tão preciosos, que se conservam.
São tão irmãos, que partilham.
São tão sábios, que ouvem, iluminam e calam.
Os amigos.
São tão raros, que se consagram.
São tão importantes, que não se esquecem.
São tão fortes, que protegem.
São tão presentes, que participam.
São tão sagrados, que se perenizam.
São tão santos, que oram.
São tão solidários, que esquecem de si mesmos.
São tão felizes, que fazem a festa.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Julieta Martins Carneiro

Julieta Martins Carneiro - ou simplesmente Leleta
Meu exemplo! Meu orgulho!

Cada ruga tua representa uma história
E são tantas...
...Quantas experiências...
Quantas histórias para contar...
Quantos conselhos para dar...
Quanta paciência para nos suportar...

Esquece a sua vida, para viver a nossa
Sempre cheias de atenção,
De carinho,
De amor.
Uma advogada na nossa vida
Mediadora nas nossas decisões
A Senhora é o meio termo...
O equilíbrio...
A palavra de esperança
O colo que aninha
O ombro que apesar de cansado... apóia

O olhar de complacência
O oásis da segurança que aplaca a sede
E alimenta o corpo
Você é tudo de bom e de belo
Minha avó querida.

100 anos de Vida, em 09/08/2011

sábado, 28 de maio de 2011

Céu Cor de Chocolate

"Pessoalmente, gosto do céu cor de chocolate. Chocolate escuro, bem escuro. As pessoas dizem que ele condiz comigo.
Mas procuro gostar de todas as cores que vejo-o espectro inteiro. Um bilhão de sabores, mais ou menos, nenhum deles exatamente igual, e um céu pra chupar devagarinho. Tira a contundência da tensão. Ajuda-me a relaxar..."

quinta-feira, 26 de maio de 2011

-0-

'É fácil amar o outro na mesa de bar, quando o papo é leve, o riso é farto, e o chope é gelado.

É fácil amar o outro nas férias de verão, no churrasco de domingo, nas festas agendadas no calendário do de vez em quando.

Difícil é amar quando o outro desaba. Quando não acredita em mais nada. E entende tudo errado. E paralisa. E se vitimiza. E perde o charme. O prazo. A identidade. A coerência. O rebolado.

Difícil amar quando o outro fica cada vez mais diferente do que habitualmente ele se mostra ou mais parecido com alguém que não aceitamos que ele esteja.


Difícil é permanecer ao seu lado quando parece que todos já foram embora. Quando as cortinas se abrem e ele não vê mais ninguém na plateia. Quando o seu pedido de ajuda, verbalizado ou não, exige que a gente saia do nosso egoísmo, do nosso sossego, da nossa rigidez, do nosso faz-de-conta, para caminhar humanamente ao seu encontro.

Difícil é amar quem não está se amando.

Mas esse talvez seja, sim, o tempo em que o outro mais precisa se sentir amado. Eu não acredito na existência de botões, alavancas, recursos afins, que façam as dores mais abissais desaparecerem, nos tempos mais devastadores, por pura mágica. Mas eu acredito na fé, na vontade essencial de transformação, no gesto aliado à vontade, e, especialmente, no amor que recebemos, nas temporadas difíceis, de quem não desiste da gente.'

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Realidade

Protagonista. Antagonista. Figurante. Platéia. Coadjuvante. Júri. Ela já foi tudo na película que tentava exibir o que ela é. Ledo engano. Qualquer semelhança à realidade era mera coincidência. E se não fosse, convencia-se de que era. Nada tirava-lhe o gosto por personagens. Viver do nada, do tudo, do vento, dos atos, das cenas. E ela vivia. Não um dia de cada vez. Todos os dias de uma só vez. Era livre. Era leve. Não dava explicações. Não se auto explicava. Assim era bem mais fácil. E agora? Agora que ela aprendeu a se sentir? Agora que ela decidira se experimentar, se tocar, se saborear? Como voltar a representar se tudo que fala alcança-lhe as impressões digitais? Se tudo que olha rouba-lhe a essência, despe-lhe a alma, invade-lhe o palco? É isso que ela não suporta. Ela não suporta ser medida da cabeça aos pés. Ela não suporta ser um turbilhão de emoções, mas sem uma armadura que lhe dissimule o rubor do rosto e o coração em frangalhos. Ela não suporta mais sentir o gosto dela mesma. É intenso demais. É cruel demais. Ela precisa urgentemente de um novo roteiro. De um personagem que a salve de seus próprios sentimentos. De sua própria desordem. Eliane Azevedo

domingo, 22 de maio de 2011

Errado? Certo?



Um olhar intenso, com a direção incerta. Uma perdição para aqueles que fingem saber que realidade é essa, que tanto fazemos conta de negar. Nem sempre estamos prontos para descobrir se queremos essa certeza na direção desse olhar tão aturado. Talvez não tenhamos entendido ainda, que o inusitado é quase sempre um singelo convite ao desafio fantástico da mudança. E como é difícil conceber esse apelo, sem temer o desconhecido, esse tão sinuoso e inesperado ignoto. Porém, é aos poucos que os sinais vão nos mostrando o árduo caminho que cerca àqueles que sonham em alterar o curso de suas vidas.
Como já proferido, leva um certo tempo até entendermos que nossas escolhas só nos ligam ao desencadeamento de fatos que normalmente independem do certo e do errado. Logo vêm a experiência e a sabedoria fazer com que tudo o que tenhamos vivido tenha valido a pena.

A Vida


Meu mundo se confunde uma vitamina de emoções, sentimentos que novamente voltam e vão. Às vezes a realidade dói muito, mas continua sendo nossa melhor referencia. Os “porquês” e “para que” serão sempre uma retórica.

Eu nunca fui a favor de sair com uma pessoa sem grandes expectativas ou um sentimento claro. Mas ele é interessante, divertido, ótima companhia, um amigo para todas as horas e assim vamos levando. Vira um “caso”, como se costuma chamar esse tipo de encontro. Odeio usar “caso”, porém não há outra palavra mais apropriada para isso.

No entanto, papo vai, papo vem, até que em um belo dia um dos dois se descobre apaixonado, com vontade de transformar aquela relação casual num relacionamento mais sério. Só que as “regras”, mesmo que não verbalizadas e nem discutidas, já foram definidas. E agora, o apaixonado não sabe como mudá-las e nem se o outro vai aceitar alguma mudança. Aliás, muito pelo contrário, é comum de a pessoa já saber – seja por declaração ou por suposição – que o outro não está disposto a abrir mão de sua liberdade e nem de assumir um compromisso.

 “E agora, o que faço? Como devo agir? Continuo aceitando a situação como está, já que não quero ficar sem esta pessoa, ou coloco as cartas na mesa, conto tudo o que sinto e desejo viver? Será que vale arriscar uma crise ou uma enorme decepção, considerando que nossos objetivos podem não ser congruentes?”.

Pronto! Está formada a combinação desastrosa entre conflito interno, angústia e ansiedade. Provavelmente, irei amargar algumas sensações bastante desagradáveis até conseguir me posicionar. Sim, porque por mais que tente driblar o coração, ele vai cobrar, vai pedir. E se não tomar uma atitude, poderei até adoecer.

Pra mim, um relacionamento só vale a pena ser vivido quando está baseado na verdade de cada um, mesmo que essa verdade possa ser mudada a qualquer momento. O que não dá é para fingir que você quer uma coisa quando quer outra. Comportar-se como quem não se importa, quando na realidade você se importa. Fazer de conta que tanto faz ficar só de vez em quando ou não, se isso não é o que você realmente quer.

Afinal de contas, se não há espaço para ser quem você é, será que está de fato vivendo uma relação? Será que vale a pena investir numa dinâmica que não é a sua, num sentimento que não é o seu? Se der certo, você terá conquistado o outro a partir de um perfil que não é o seu. E se der errado, amargará a dúvida sobre como teria sido se você tivesse agido de forma transparente.


E agora? O que fazer?Ações sutis, conversas na hora certa, perguntas que permitam compreender quais são as verdadeiras intenções dele. Enfim, com cuidado, sensibilidade e gentileza, é possível concluir se esse “caso” tem alguma possibilidade de se transformar em uma relação séria ou se só servirá para te fazer sofrer e se frustrar. Porque, no fundo, todos nós sentimos e sabemos a diferença entre uma situação e outra.


Eu errei em me permitir? Será que realmente existe algum culpado nesta historia? Sinceramente – difícil responder. Comecei escrevendo apenas como um desabafo de como agir neste novo encontro, e veja só a ironia do destino, ele que tanto insistiu neste encontro, acabou me dando um “fora” bem na hora que eu mais me sentia feliz, e para ser sincera eu não percebi que ele não estava na mesma direção. Decepção? Sim, sempre quando alguém sai ferido, porém, os dois devem querer. Os dois devem pensar sentir e agir na mesma direção. Mas uma coisa é certa: Só você pode fazer a sua parte. E só você pode saber se está fazendo da melhor forma possível. E, em última instância, tendo sido fiel aos seus próprios sentimentos, é bem provável que um relacionamento sério chegue muito antes do que você imaginava, seja com essa determinada pessoa ou com outra... a que realmente tem a ver com você!  E assim é a vida. Os sentimentos, as pessoas.